segunda-feira, 27 de julho de 2015

É-se mais feliz no Verão

Há dias de praia assim. Portugal, gosto tanto de ti!

Eu era daquelas pessoas que não adorava o Verão. O calor é desconfortável. Sentir calor é para mim mais penoso do que sentir frio. Ficamos mais inchados e mais suados. Enfim. Mas com o passar dos anos rendi-me mais ao encanto da estação.
A verdade é que se é, no geral, mais feliz no Verão.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

És velho, já não te amo.


Um casal. Uma filha pequena pela mão e a mulher grávida já no terceiro trimestre.
Conversam.
Ela diz: "Se nós ainda estivermos juntos quando tu fores velho..."
Pára tudo. Não ouvi mais nada.
Primeiro, está claramente a frisar que o marido é mais velho. "...Tu fores velho." Não nós.
Depois, não me parece que está com muita fé que isso vai acontecer. E pior, mesmo que aconteça não está entusiasmada com a ideia.
Tudo bem que ninguém sabe o futuro e que a vida dá voltas. Toda a gente sabe. Mas onde é que está a crença no amor eterno, pelo menos enquanto se está numa relação?
Quando eu amo é sempre para sempre. Até deixar ser.
Mas é sempre para sempre.
 

quarta-feira, 8 de julho de 2015

O sexo fraco?


Nós somos o sexo fraco. Não levantamos pesos muito grandes e não temos força para abrir as tampas mais bem apertadas dos frascos. Precisamos sempre dos homens para nos abrir as garrafas de vinho, porque não sabemos lidar com um saca-rolhas, ou, quando sabemos, não temos força para tirar a rolha.
Somos no geral mais gordas e somos bem mais propensas às depressões e maluquices.
Choramos mais e há mais bebés homens do que bebés mulheres.
Mas continuamos a sobreviver mais do que os homens. Os factos estão lá. A esperança média de vida é maior nas mulheres.
E aposto que se houver um Apocalipse em Portugal e só se salvar uma pessoa, vai ser uma mulher. Do Norte. E portista (já agora!)
Acho que vou ser eu.

domingo, 5 de julho de 2015

O Palácio que me trouxe de volta

Há coisas que nos ultrapassam. Coisas tão grandes que nos controlam. Neste caso, juro que não queria (queria sim, queria sim!), mas tive que voltar a escrever. E agora não sei se vou conseguir parar.
A ver vamos. Agora atentem no assunto que me trouxe de volta...
Ontem, eu, dois amigos e mais meia população do distrito de Lisboa rumámos a Sintra para, como nos prometeram, ver o Palácio da Pena gratuitamente (quando normalmente o preço faz corar as pedras da calçada e estremecer as carteiras). Em troca, tínhamos apenas que levar um bem alimentar para doar aos desfavorecidos. Justo. Boa acção. Win-win situation. Tinha tudo para dar certo.
Só que não deu.
Foi tão mau que no dia seguinte quando acordei, tive mesmo a sensação que tudo não tinha passado de um pesadelo.
Não foi. Foi tudo muito real.
Vejamos, havia filas. Não. Não eram filas. Era o fim do mundo. E a meta, o palácio, era paraíso tão desejado.
Passámos pelo inferno e paraíso, nem vê-lo.
Foi tão horrível que não dá para escrever.
No fim, quase a chegar ao nosso limite físico e depois de estar três horas numa fila e não ter conseguido ver o Palácio, esperávamos por um autocarro que logo se viu que não vinha. Eu, que não comia há 6 horas e não tinha dormido na noite anterior, e depois de quase ter congelado viva, decidi que a solução era pedir boleia. A estranhos.
Tomei coragem. Pedi. Deram-nos boleia.
Lá fomos para casa e, espantem-se, apesar do trauma; jurei que voltava, mas a pagar!
Se aquilo foi uma manobra de publicidade ao palácio, comigo deu resultado. Atraíram-nos lá com a promessa de uma visita que se revelou impossível, mas estávamos perto o suficiente para ficamos maravilhados com tal monumento. Vou voltar, e dessa vez vou ser feliz.
Ontem foi tudo menos feliz.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Bai bai

Algumas foram as pessoas que se pronunciaram em relação à última publicação. A pergunta comum a todos, praticamente, foi: "porquê?". Por que é que eu decidi parar de escrever no blog. Pois bem, a resposta é tão simplesmente esta: não tenho tido inspiração, o que me leva a não ter vontade de escrever.
E uma vez que eu sou da opinião que se é para fazer algo, é para ser bem feito, não queria estar a impingir-vos com idiotices compostas por letras, perfazendo aglomerados de frases.
É verdade que, desde a última vez que escrevi, todos os dias penso cá no sítio. Às vezes com alguma indecisão sobre se devia deixar de vez, outras com a certeza de que estava a tomar a decisão mais acertada, mas sempre a adiar o fim inevitável (não és tu, sou eu)...
Foi um enorme prazer ter escrito cada palavra, para cada um de vocês que a leu.

Yours sincerely,
Ana.



terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O fim aproxima-se


Este blogue, como não podia deixar de ser, está a chegar ao fim. Poderá não ser esta a minha última publicação, mas para lá caminha. Mais para a frente, quando me inspirar para escrever um texto todo catita (em consideração à meia pessoa que me lê), darei como terminada esta aventura.
Prometo não falhar na última publicação...


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Trabalhas ou finges?


Em Portugal não se trabalha como deve ser e é por isso que saímos tão tarde do emprego.
Se em vez de fazermos pausas amiúde para tomar um cafezinho, fumar um cigarrinho, telefonar ao namoradinho e espreguiçar de cansaço da posição da cadeira, a reclamar que nunca mais são horas de ir embora, às tantas só precisávamos de trabalhar até pouco depois da hora de almoço. É que se somarmos os minutos que efectivamente se trabalha, em algumas empresas, não dão oito horas. Eu aposto numas cinco (a ser simpática)...