Nós as mulheres. Dentro de nós há muitas, não há só uma. Não somos só aquilo que pensamos ser, aquilo que os outros vêem ou que gostaríamos de vir a ser. Somos todas, no entanto, é certo, que por vezes não somos nenhuma. Conseguimos ser todas ao mesmo tempo. Conseguimos enganá-los, sem que desconfiem, fazendo-os amar-nos ainda mais. Nós manipulamos, nós ensinamos, nós salvamos. Há algo que todas temos que me faz ter muito orgulho em ser mulher, a nossa capacidade de sermos fortes, sendo sensíveis. Por outro lado, reconheço a mesquinhez comum a muitas, que me envergonha e me causa algum desconforto.
Não sou mesquinha. Consigo guardar um segredo. Não sou complicada. Sou de fácil trato. Mas sou mulher. Também tiro conclusões precipitadas daquilo que os homens falam (quando eles são tão directos e dizem apenas aquilo que têm a dizer, sem segundas intenções ou interpretações), também digo que estou bem, quando na verdade não estou (mas, por amor de Deus, isso não se nota logo na cara?), também sou complicada, embora acho que seja o mais "descomplicada" que a minha condição de mulher o permite. Gosto de ser mulher, mas acho que ia gostar de ver o mundo sob o olhar de um homem. Seria tudo mais simples, tenho a certeza. Porque sejamos sinceras, quem complica, muitas vezes, somos nós!
1 comentário:
Gosto. E revejo-me bastante no que disseste. A verdade é que nunca saberemos como é o mundo visto por um homem. E que bom que é ser mulher!
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