Casamentos. Emociono-me com casamentos. Em filmes, de familiares, amigos e até desconhecidos. A ideia (tão irreal e apenas ilusória) de que alguém teve o seu final feliz e que a partir daquele momento só poderá vir coisas boas; que se vão amar para sempre e que as raras discussões acabarão sempre com um beijo apaixonado de perdão. Os casamentos têm para mim algo tão mágico que, independentemente de eu ter ou não naquele momento alguém com quem me imagine a casar, a minha cabeça é transportada para outra realidade, a realidade dos príncipes e princesas, e vejo-me a mim a entrar na igreja em direcção ao altar, de branco, a olhar -e ser olhada- para a pessoa que espera por mim e terá a sorte de se casar comigo. Quantas vezes não sonhei com isto...
Mas assim que isto passa, volto à realidade e tenho noção de que os finais das histórias de contos de fadas não contam nada para além do "E viveram felizes para sempre..." simplesmente porque não é verdade, e porque aquelas reticências desta tão famosa frase, contam muito, demasiado que as crianças possam aguentar. Então decidem manter assim o final da história para que sejamos nós, sozinhos, com a ajuda daquilo que vivemos, a descobrir a verdade.
Eu, ainda assim, sou teimosa e, ainda que agora saiba que isso não é tão linear e fácil como nos contavam, acredito no "E viverem felizes para sempre." Ponto final.
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