terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Paciência para gente choninhas é algo que me falta


Não gosto de perder tempo com pessoas ou situações que não valem a pena. Nunca foi de mim investir em algo que eu sei que não trará nada de bom. Não gosto das coisas pela metade. 
Aliás, há uns tempos, lembro-me de ter dito a alguém que preferia estar solteira a passar o tempo com uma pessoa que não é exatamente aquilo que eu procuro, ou algo muito próximo, pelo menos. Tenho que sentir paixão. Nunca teria uma relação com alguém que não mexe comigo, à seria! Quanto a isso orgulho-me. Porque sei que vivo como eu quero e aquilo que quero. Não faço fretes, nem me sinto na obrigação de nada. Acho que nunca serei diferente, no que a isto diz respeito.
E não tem só a ver com relações amorosas. Com amigos igual. Gosto de pessoas que fazem o meu género, no geral. Gente que pensa como eu, que partilha das minhas ideias, que me entende e não fica ofendida quando digo a minha opinião, sempre sincera, sem ser mal-educada. Sei que não sou inconveniente ou desagradável. Sou prática, despachada. Não gosto de jogos mentais, mesquinhez e planos absurdos para coisas que para mim são simples demais. Não gosto de gente "flor de estufa", de gente simpática e educada demais. Odeio simpatia a mais. Faz-me desconfiar. Faz-me ficar alerta, porque sei que ninguém é assim tão perfeito. Gosto de mostrar quem sou, logo. E sei que dificilmente desiludirei alguém. Sou transparente como água. 
Quem me conhece há anos, há tantos quantos eu me conheço a minha mesma, sabe disto. Sabe que é difícil gostar de mim logo no primeiro impacto. Têm primeiro que perceber que todo este meu jeito faz parte de mim, faz parte da pessoa íntegra, honesta e confiável que sou. Porque no fundo é isso, as pessoas sabem desde logo com o que podem contar e facilmente perceberão que podem contar comigo.




domingo, 26 de janeiro de 2014

Lisboa a roubar corações


Já me perguntaram meia dúzia de vezes se penso ficar a morar em Lisboa. A minha resposta é a mesma em todas as ocasiões e para todas as pessoas. Sim. É um sim sem dúvida, um sim como o sim que daria à pergunta: "Gostas de gelado?". Sim, mil vezes sim. 
E não quero com isto dizer que a vida aqui é perfeita ou que não sinto falta das pessoas, das muitas pessoas que me faltam. Mas a realidade é que de facto não sinto falta de nada, para além das pessoas.
Gosto disto da cidade e gosto, sobretudo, disto da cidade de Lisboa. Porque tenho para mim que cidade nenhuma do nosso país me maravilharia mais. No outro dia, por ter umas coisas a tratar, precisei de ir à zona do Marquês de Pombal. E, acreditem, fiz a rua Alexandre Herculano toda a sorrir, porque a zona é simplesmente fantástica. Atravessar a passadeira na Avenida da Liberdade foi como pisar a passadeira vermelha dos Óscares! 
Viver em Lisboa é como ser um turista a tempo inteiro. E digo, gosto muito de ser uma "outsider" a viver na cidade, porque assim dou bem mais valor do que qualquer pessoa que sempre cá viveu. Se eles soubessem como eu sei... Ai Lisboa! Daqui já ninguém me tira!

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

E se eu escrevesse um livro?

Um dia pousei o pé em Lisboa, tinha-o à minha espera. Nervosa. Não como da primeira vez, mas, ainda assim, sentia as pernas a tremer. A verdade é que a vontade de o encontrar novamente era infinitamente maior do que alguma outra coisa que pudesse estar a sentir naquele momento. Entrei no carro. Um beijo. Saudades. Um outro beijo.
Lisboa estava lá, a olhar-nos, a receber-me.
Sentados, um colado ao outro, eu dele, ele meu. As mãos que procuravam aquilo que a distância nos roubara. Finalmente. O coração a bater. Uma explosão de sentimentos. Desejo.
Ele pegou em mim ao colo e levou-me. Depois, já no quarto, ele fez de mim a mulher mais feliz do mundo.



Continua...




Texto fictício.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Como é que se esquece alguém que se ama?

Heartbreak
"Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? 
(...)
Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. 
(...)
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. 

O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar."

Miguel Esteves Cardoso in Último Volume

Agora eu:
É tudo muito bonito, mas eu ainda me fico pela pergunta, 'como é que se esquece alguém que se ama?' 

sábado, 18 de janeiro de 2014

Benfica e o meu clube.


Benfica e o meu clube são coisas diferentes. De futebol, falo. Benfica são para mim duas coisas: o bairro onde moro ou aquela equipa de lampiões. Mas o meu clube, esse não há dúvidas, é o FC Porto.
Lembro de há uns anos, quando o sangue portista ainda tinha o maior dos impactos em mim, olhar para toda esta logística do futebol de uma maneira completamente diferente da que vejo agora.
Antes via um nós e um eles. Nós éramos os bons, nós tínhamos a verdadeira mística, nós estávamos certos e nós é que éramos felizes, porque ganhávamos sempre (isso era verdade!)... nós... nós...nós... Depois havia o eles. O Benfica. O nosso ódio de estimação. "Nós somos completamente diferentes", pensava eu na altura, e pensam hoje todos os adeptos portistas e benfiquistas (nisso eles concordam).
Mas se há uma coisa que aprendi (aliado ao facto de já não colocar o futebol na minha lista de prioridades), por me ter relacionado de muito perto com alguém que torce com unhas, garras e dentes pelo Benfica e, também, por viver em pleno território "inimigo", foi que o nós e o eles é separado por uma linha tão ténue, que só os adeptos que estão cegos pelo clubismo a conseguem ver.
Nós e eles somos exatamente a mesma coisa. Adoramos o nosso clube, queremos que ele ganhe, sentimo-nos feridos quando ele perde, ou é injustiçado, e acima de tudo achamos que somos os melhores. A guerra de clubes, é como se houvesse duas mães a discutir sobre quem tem o filho mais bonito ou melhor. Não faz sentido, não vai dar a lado nenhum porque não há imparcialidade nos argumentos.
Gosto muito mais da minha forma actual de olhar para as coisas. Continuo a ser portista, e a bater palmas, porque sou tripeira, mas nunca mais me ouvirão a cantar a versão ofensiva, que o FCP criou para o SLB... e sou mais feliz assim.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Consultório feminino

Foto: O tio explica...


A credibilidade da TVI é algo dúbio. Muito dúbio. A imagem fala por si. E há quem possa alegar que a rubrica "Consultório Feminino" é de facto algo sério e útil, dando informações sobre os mais diversos assuntos do interesse da mulher. Certo. Até aí acho que consigo chegar. Mas digam-me. Era mesmo necessário colocar aquele título? Não haveria nada mais estúpido para chamar a atenção dos espectadores? Aliado à cara da apresentadora, temos aqui uma imagem e pêras! "O que se pode fazer com a vagina?" Passam-me várias coisas pela cabeça, mas com sorte, não é nenhuma das que falaram no programa. Levantar pesos, acham que é um bom palpite?


Se não, ora vejam (às pessoas mais sensíveis pede-se que não assistam):

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

My unguilty pleausure - Beyonce, enquanto todos dormiam

Um magnífico texto que vai agradar bastante àqueles que já são fãs da Beyoncé. Vale mesmo a pena ler até ao fim, mesmo para aqueles que não têm a cantora num pedestal, como eu. Quem sabe ainda não tomam a decisão de ir ver o extraordinário espectáculo que ela dará em Março deste ano...


"Enquanto todos dormiam, sem aviso prévio, já as listas dos discos do ano estavam fechadas, Beyoncé despejou um disco novo na internet. Mais do que um disco, é um evento, um espectáculo audiovisual encapsulado em 14 faixas e 17 vídeos. Isto é Beyoncé plenamente consciente de que está no auge. Melhor ainda, é Beyoncé a incentivar todos os outros a chegar ao seu patamar, e a fazê-los acreditar serem capazes disso. 
Da conceptualização às peças de lingerie que adornam as suas curvas, os vídeos são um festim multissensorial de som e visão. (...)
Beyoncé tem muito para dizer, e muito do que tem para dizer raramente é dito na cultura pop. A pop tem medo do feminismo, tem medo do casamento e tem sobretudo medo de conjugar o feminismo com a vida conjugal. Como género escapista que aspira a ser, tem ainda medo de pegar em temas como o aborto espontâneo (“Heaven”), a depressão pós-parto (“Mine”) ou a maternidade (“Blue”). Beyoncé embebeda-se, chora, faz amor e lambuza-se de sexo, muito sexo, de várias formas, em vários sítios. Dominante ou submissa, romântica ou ensopada em álcool, na cama, na cozinha, na banheira ou no banco de trás de uma limusina. Para quem se quiser deslumbrar com (e invejar) a vida sexual de Beyoncé, como desculpa para mostrar todos os ângulos daquele maravilhoso rabo, mas também para promover a emancipação através da sexualidade. Mulher, mãe, deusa sexual e feminista? Sim, é possível ser tudo isto. Mas – e isto é importante – é ela quem decide como e o que projectar de si própria.
O chicote está seguro nos seus dedos.

(...) Com este disco pegou no seu mundo pessoal e levou-o para uma esfera político-cultural com ressonância universal. Intersecta uma imagem titânica para dissecar o cérebro e o coração da mulher que existe para lá dos holofotes. Beyoncé cimenta-se como a mais intocável das estrelas pop vivas. E conseguiu fazê-lo precisamente por mostrar que ela é também uma meral mortal, perfeita com todas as suas imperfeições."

Crítica por Ana Patrícia Silva em Time Out Lisboa

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Aquela que seguiu as pisadas da Fanny


Mandar erradicar todos os concorrentes d'A Casa dos Segredos é uma velha vontade minha, mas sempre me pareceu exagerada. Até agora.
Alguém, por favor, me diga que eu estou a sonhar, ou melhor, a ter pesadelos dos mais assustadores! É que não parece verdade, mas ao mesmo tempo é tão real... digam-me, peço-vos, que aquela loira, de quem não me lembro sequer o nome, não fez um vídeo a cantar um música, cujo visionamento seria um castigo demasiado pesado até para os presidiários mais perigosos do nosso país!
Ninguém merece ouvir/ver aquilo!
Eu tinha a opção de não ter clicado no play daquele vídeo, é verdade, mas fi-lo, admito o erro, e posso dizer que me arrependo até agora. Foi triste. Foi muito triste. E agora tenho a minha cabeça inundada de imagens e sons dos mais reles que podem existir. XUXA???????? Mas.... o que é aquilo?
Os meus pêsames à família da moça. E um especial cumprimento àqueles que, como eu, se encontram feridos pela visualização daquela triste cena.

TVI e A Casa dos Segredos, juntos, a criar bestas nacionais famosas, desde 2010.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Porque é o teu aniversário


Tens um lugar especial. Um lugar dentro de mim, naquela parte do coração, que ficará sempre reservada para ti. No resto do espaço vão ficando, entrando e saindo pessoas, mas tu continuas lá. Ambos sabemos aquela música que toca, aquela que toda a gente canta, mas que só nós sabemos ouvir. É a música que as pessoas já se cansaram, que andou na boca do mundo, mas que ainda hoje, dois anos e meio depois, nós reinventamos.
Perdemo-nos no entretanto. Mas para sempre levaremos connosco o nosso segredo. Pode ser que um dia faça sentido.
Para ti. Por mim.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um retrato meu.


É de mim sonhar acordada, e também quando não estou acordada. É de mim ser corajosa, ter medo, muito medo, ao mesmo tempo que me lanço para o desconhecido. Porque, para mim, coragem é isso. É não permitir-nos ficar quietos pelo medo, é levá-lo às costas para todo o lado, sem que o peso dele nos impele de andar.
É de mim entregar-me, apaixonar-me por pessoas, por coisas e lugares. É de mim ser eu, ser muito eu, só eu. Gosto de ser, por isso, em momento algum me apetece ser outra pessoa.
É de mim ser rabugenta, perfeccionista e insegura. É de mim ter defeitos. É de mim tentar contorná-los e é de mim não conseguir escondê-los.
É de mim pensar demais, idealizar demais, esforçar-me demais, esperar demais. É muito de mim ter pouco daquilo que devia ter mais e, pelo contrário, ter muito daquilo que devia ter menos.
É de mim tudo o que algum dia pensei, toquei e imaginei. De mim é tudo aquilo que eu quiser.



sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A falta que a minha mãe me faz

Untitled

Já sou crescida, adulta (talvez)... mas continuo a sentir falta da minha mãe. Sou completamente independente dela, mas ainda tenho vontade de lhe pedir para me pregar um botão que teimou em cair de um casaco; ainda dava tudo para chegar a casa e que ela estivesse à minha espera com o jantar pronto; ainda gosto que ela vá às compras comigo para me dizer o que devo ou não devo comprar; ainda tenho vontade de ser criança, para tê-la a tomar as decisões difíceis por mim. Raios! Até sinto falta que ela me puxe as orelhas quando me portava mal! Porque agora, quando me porto mal, não tenho ninguém para me corrigir e tenho precisado muito disso ultimamente, mais do que gostava. Precisava de um bom puxão de orelhas... mas já não sou uma criança e tenho, definitivamente, que me tornar na mulher que a minha mãe me ensinou a ser. Mais importante, chegar perto de ser a mulher que a minha mãe é.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Para sempre... talvez!

👰LOL..

Casamentos. Emociono-me com casamentos. Em filmes, de familiares, amigos e até desconhecidos. A ideia (tão irreal e apenas ilusória) de que alguém teve o seu final feliz e que a partir daquele momento só poderá vir coisas boas; que se vão amar para sempre e que as raras discussões acabarão sempre com um beijo apaixonado de perdão. Os casamentos têm para mim algo tão mágico que, independentemente de eu ter ou não naquele momento alguém com quem me imagine a casar, a minha cabeça é transportada para outra realidade, a realidade dos príncipes e princesas, e vejo-me a mim a entrar na igreja em direcção ao altar, de branco, a olhar -e ser olhada- para a pessoa que espera por mim e terá a sorte de se casar comigo. Quantas vezes não sonhei com isto... 
Mas assim que isto passa, volto à realidade e tenho noção de que os finais das histórias de contos de fadas não contam nada para além do "E viveram felizes para sempre..." simplesmente porque não é verdade, e porque aquelas reticências desta tão famosa frase, contam muito, demasiado que as crianças possam aguentar. Então decidem manter assim o final da história para que sejamos nós, sozinhos, com a ajuda daquilo que vivemos, a descobrir a verdade.

Eu, ainda assim, sou teimosa e, ainda que agora saiba que isso não é tão linear e fácil como nos contavam, acredito no "E viverem felizes para sempre." Ponto final.