terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Resoluções de Ano Novo e o que quer que isso signifique

Happy new year
Todos, de uma forma ou de outra, mais ou menos intensa, valorizamos a passagem do fim de um ano, que está mesmo a acabar, para um novo, que nos baterá à porta não tarda nada.

Uns vêem nisto apenas uma oportunidade de festejarem à grande, de usar um look de arrasar, e rechear a noite, madrugada e manhã com todos os excessos a que têm direito. Outros dizem que é só mais um dia e que se ficarem em casa a ver filmes, de pijama vestido, sentados no sofá, enrolados numa manta tanto melhor. Eu fico-me pelo meio. Não gosto de excessos, nunca gostei e a noite de passagem de ano em si não é das coisas por que mais anseio.

Aquilo de que me lembro sempre é com certeza também o que passa pela cabeça de muita gente, senão toda... o desejo de que o ano de 2014 traga coisas boas, que seja melhor que 2013 e seja finalmente o ano em que tudo o que sempre quisemos ver realizado finalmente aconteça de verdade.

Se pensarmos bem, entregamos a responsabilidade dos acontecimentos felizes e infelizes, que nos vão acontecendo ao longo do ano, ao próprio do ano. Porque "O ano de 2013 foi uma porcaria", porque "Este ano não trouxe nada de bom", porque "O ano de 2014 vai ser ainda pior", etc.
E não é que não faz sentido absolutamente nenhum?

Tendemos a esquecer-nos que 90% do que aconteceu, ou deixou de acontecer nos 365 dias que passaram, foi inteira responsabilidade nossa. Desafio-vos que façam um exercício, fechem os olhos e construam uma imagem mental daquilo que vos aconteceu este ano e reparem na quantidade de coisas que viram acontecer, de bom e de mau e que só dependeu de... vocês.

E agora, inteligentes como sei que são, incluindo-me também, se me permitirem, chegaremos facilmente à conclusão de que a expectativa de que o próximo ano nos traga coisas boas, deve ser imediatamente substituída pela motivação e empenho em fazer de nós pessoas melhores, pessoas que decidem todos os dias ao acordar que aquele vai ser um bom dia.

Não há regras mágicas, não há pessoas perfeitas. Mas há pessoas determinadas em serem melhores. Eu sou uma delas. Eu gosto de ser sempre melhor, gosto de me preocupar com isso e de acreditar que fará a diferença. Hoje escreverei as minhas resoluções de ano novo e posso revelar-vos que uma delas será: conseguir cumprir a maioria (ou todas) delas. Se também o vão fazer, mas têm medo de não serem bem sucedidos, aconselho-vos, escrevam-nas num papel, guardem-nas num local a que têm acesso todos os dias, tracem metas, datas e vão riscando as que já cumpriram. Agora *CLICHÉ ALLERT*, tudo depende de nós, da nossa atitude e do quanto queremos alguma coisa!

Não esperem que o ano de 2014 vos traga coisas boas, provavelmente não trará, porque ele não vem para facilitar a vida a ninguém. Vem para dar-nos uma oportunidade de mostrar o que valemos, do que somos feitos!

happy new year

sábado, 28 de dezembro de 2013

Eu escrevo textos muito grandes?



Os meus amigos, aqueles que me fazem sempre companhia a tomar café no sítio do costume, quando vou a casa, -não gosto de dizer "à minha terra", porque põe em evidência que vim da província! Mas a verdade é que já considero Lisboa mais minha casa, do que propriamente o sítio onde nasci, contas de outro rosário- dizem que escrevo textos muito longos e que por isso não lêem o meu blog. O tanas!! Desculpas é o que é... Perdoo-lhes porque gosto deles! Se não fosse isso íamos ter graves problemas.
De qualquer das formas esta publicação é para eles, para o Xavier, o Daniel e o Rúben.
Foi curto o suficiente, rapazes?


Alguém concorda com eles?

domingo, 22 de dezembro de 2013

Uma boa Páscoa a todos!



Brincadeirinha!
Desejo a todos os que já passaram por aqui, aos que são leitores assíduos, fãs e até mesmo aos que não querem saber de nada do que para aqui escrevo, um óptimo Natal! Que o Natal chegue a todos! O verdadeiro e não aquele que nos teimam em vender... Um abraço cheio de ternura para todos!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eles querem mamas grandes e eu homens altos


Há uns tempos, quando, numa das raras vezes, comprei a revista Maria, decidi ler aquela parte em que pessoas escrevem anúncios para procurar outras. Isto numa tentativa de me rir um pouco. E consegui. Vê-se de tudo, desde coisas sérias (dizem eles) até a escapadinhas de pessoas casadas. Um que me chamou à atenção foi o de um senhor que procurava uma senhora de mamas grandes para uma relação séria. Séria e mamas grandes na mesmas frase, era algo que eu nunca esperei ler. 
Mas vai-se lá entender? Coisas.
Há uns dias percebi que o quase único critério que tenho para as pessoas do sexo masculino, em relação ao aspecto é a altura. Umas é o rabo, o sorriso, as pernas, o abdómen, o peito, as mãos... para mim, não. Não é justo para eles, eu sei, porque é daquelas coisas que por muito que queiras, não consegues mudar. Umas mamas sempre se arranjam, mas uns centímetros a mais, por muito que já haja operações manhosas para isso, não me parece que seja algo viável de se conseguir. Tenho pena, meus caros de 1,60m, por muito lindos que sejam, mas nunca farão parte do meu imaginário, não pelo menos como fazem os de 1,90m e ainda que não sejam o protótipo de beleza. Desculpem, podem até ter cara de príncipes, mas a altura para mim é rei! 
Sendo assim, gostaria de pedir ao Pai Natal, que este ano, só para variar, tivesse em conta o meu desejo e me trouxesse algo assim de grande tamanho, em altura e não só. 
Bom, mas se calhar, este pedido não deve ser feito neste departamento Natalício e terei que esperar mais para a altura de Fevereiro... Que seja! Valerá a espera...


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Peripécias do dia de aniversário

No sábado fiz anos (such a big happening, I know!) e foi de longe um dos melhores aniversários que tive até hoje, apesar de ter trabalhado na parte da manhã. Porquê? Porque tive boa companhia, porque me cantaram os parabéns duas vezes. Porque ri muito. Porque recebi presentes dos quais realmente gostei, como se tivessem adivinhado os meus pensamentos, e também, porque apesar de estar um ano mais velha, não importa, visto que eles são tão poucos que nem pesam!
Dei aulas de manhã (quando lá cheguei encontrei isto: ver imagem 1 ), levei dois bolos e deixei sair os alunos 15 minutos mais cedo. Dali a um pouco, estava o telefone a tocar, uma avó de um aluno que me queria desejar os parabéns, uma vez que o neto, que havia chegado a casa mais cedo, lhe tinha contado o grande acontecimento do dia. Fiquei muito sensibilizada com o gesto... As avós são assim, um amor.
Recebi MUITOS chocolates, uma planta, uma gola e uma caixa de música (ver imagem 2 e 3). Almocei num restaurante italiano e jantei num restaurante japonês. No primeiro, queriam cobrar-nos por algo que não consumimos, não fosse o meu olho atento. Neste último, ainda estava eu a acabar a sobremesa quando a empregada me retirou da frente o prato, aproveitando que eu tinha pousado os talheres. Eu nem era para ter contestado, mas valeu-me a pessoa com quem estava ter dito que eu ainda não tinha acabado para a cega da asiática pousar novamente o prato! Eu sei que lá para aqueles lados, de onde os japoneses vêm, não se fala às refeições e que, por isso, ter-me visto a falar pode tê-la induzido em erro, tê-la feito acreditar que eu já tinha acabado de comer. Mas será que é preciso lembrar que estamos em Portugal? E eu falo quando eu bem entender, antes, durante ou após as refeiçoes e, já agora fica o conselho, antes de equacionarem sequer a hipótese de me levantarem o prato da frente, pensem três vezes, sob pena de perderem clientes!


1




2/3




sábado, 14 de dezembro de 2013

O Google, especialmente para mim



Parabéns Ana! Disse-me ele. E eu agradeço. São 22. São vida que conquistei, são o que fazem de mim.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A Torre de Belém



No passado domingo, eu e as meninas, minhas amigas, fomos corajosas e saímos da cama de manhã para visitar a Torre de Belém, aproveitando que era grátis. De ressalvar que todos os domingos de manhã, tanto a Torre de Belém, como o Mosteiro dos Jerónimos não cobram entrada. Fomos na expectativa de passar um bom bocado.
A verdade? Sim, foi divertido, mas não propriamente porque a Torre de Belém nos fascinou... é que depois de uma longa fila à espera, debaixo de um céu sem sol e de um ar gelado, como só costumo sentir quando vou ao Norte, o monumento não valeu a pena. É verdade! A vista é talvez a única coisa de real interesse, mas com aquele frio e a confusão que foi subir e descer as milhentas escadas, rapidamente esquecemos que tínhamos Lisboa a nossos pés e fugimos o mais rapidamente possível, depois de tirarmos as fotos de praxe.
O dia foi salvo pela excelente companhia, pela conversa que foi posta em dia, pelo Starbucks que nos acolheu com uma bebida quentinha e um ambiente acolhedor. Para a próxima fica o Mosteiro dos Jerónimos... A ver vamos se vale mais a pena!


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Uma trégua

Um dia li um livro que tinha como título "La tregua". Era um livro espanhol, porque foi ainda na faculdade que o li. Espanhol 4. É o meu livro favorito. Uma das coisas mais preciosas que li. E tenho o secreto desejo de um dia traduzi-lo para português.
O livro fala de um momento breve de grande felicidade na vida infeliz de alguém. A personagem principal chamou-lhe "trégua". E cada vez mais me convenço que a felicidade são tréguas que a vida, dura como só ela sabe ser, nos dá. O que vale é que as tréguas vão aparecendo, não raras as vezes. É certo, que muitas das vezes não se sobrepõem à guerra aberta que travamos naquele momento. Mas é isso que vale a pena.
A trégua pode ser um banho de espuma a ouvir Ray Charles; um domingo bem passado com as amigas; uma mensagem de um amigo que nos ouve e que nos promete uma nova mensagem no dia seguinte; alguém disposto a ouvir-nos; uma caneca nova para beber o chá ao pequeno-almoço; encontrar o presente ideal para alguém...
O ano de 2013 trouxe-me a maior trégua de todas. Para logo a seguir voltar à guerra debaixo de um fogo destruidor... e lembro-me sempre daquele livro.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Toma lá. Dá cá

Untitled | via Tumblr

Gosto de Dezembro. Do Natal. Do frio. Dos pinheiros. De dar presentes. Adoro dar presentes. Gosto de os receber também, mas prefiro dar. Aquele período que antecede a entrega fascina-me, pensar na pessoa, no que ela gostaria de receber, como ela vai reagir quando desembrulhar o papel de embrulho... gosto mesmo. Se pudesse passava a vida a dar presentes. Adoro dar: abraços, presentes, palavras, carinho... ainda não percebi se sou mais de dar ou de receber. Gosto muito de ser cuidada, mas também quero ter alguém de quem possa cuidar. Cuidar. Ora aí está uma palavra de que eu gosto! "Eu cuido de ti, tu cuidas de mim..." e é assim, juntos, de mãos dadas, na mesma direcção, que eu me imagino com alguém. Cada um protege o outro. Cada um é o braço direito do outro. Este ano, em Dezembro eu serei o braço direito de alguém e esse alguém será o meu ombro, o meu braço, o meu tudo... Este é o mês! Este é o meu mês!

Let Christmas bring love

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Apanhados


Vou eu na minha vidinha, quando, de repente, sou abordada na estação de comboios por uma senhora, muito aflita, que não sabia em que linha deveria seguir. Eu tentei percebê-la, juro que tentei. A senhora até era portuguesa, pelo que falava um português entendível (quantos não são os portugueses que às vezes parecem falar outra língua! mas isso já dava tema para outro post e fica para depois), mas ainda assim, até agora estou a tentar decifrar aquilo que ela me tentou dizer.
Então passo a explicar. A dita chegou ao pé de mim e disse algo do género: "Por favor, podia ajudar-me, não entendo nada disto, para onde vai o comboio desta linha?" disse-o com um tom ofegante, próprio de quem tinha vindo a correr até ali. E eu respondi. Mas ela não pareceu entender, sendo assim, por iniciativa própria, perguntei-lhe eu, para onde queria ela ir. Respondeu. "Para Lisboa", repetiu ela várias vezes, como se quem não estivesse a perceber fosse eu. A questão é, para Lisboa ONDE? Eu não lhe disse isto, porque temi desiludi-la, mas nós já estávamos em Lisboa. Mais Lisboa seria com certeza impossível, aliás!
Bom, mas se calhar, fui eu, que na ignorância de quem se mudou para uma cidade grande e desconhecida há tão pouco tempo, não percebeu, quando devia ter entendido, para onde exatamente ela queria ir e que, afinal, não é assim tão descabido dizer, numa das estações de caminho de ferro de Lisboa, que se quer ir para... Lisboa!!
A sério que se, passados uns segundos daquele episódio, aparecesse umas quantas câmaras a explicar que aquilo tinha sido para os apanhados, eu não me surpreenderia... vai-se a ver foi mesmo e num futuro não muito distante apareço na televisão a fazer figura de parva!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Fim-de-semana

!!!

Pessoas aí desse lado que me leem, este fim-de-semana vou deixar a capital para passar o pouco tempo disponível com a minha família, a minha gente. Como tal, não voltarão a ver um novo post antes de terça. É triste, eu sei. Imagino que neste momento estão a debater-se com a falta que sentirão de mim, e da agonia que é não me ler nos próximos dias, mas calma, eu volto! Até lá, respirem fundo que o mundo não acabou. E a melhor parte? Dezembro está aí à porta...

Bom fim-de-semana a todos!

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Alimentos mais poderosos do que um orgasmo?? (Para gente crescida)

love

Aqui me confesso. Sim, há uma parte de mim que, inerente à minha condição feminina, gosta de ler aquelas futilidades sobre moda, maquilhagem, cremes e afins que só a nós mulheres interessa. Na verdade, e por muito que os homens se queixem que nos preocupamos demasiado com coisas que nada importam e nada de bom trazem à sociedade, também é bom referir (a ver se eles admitem) que são essas coisas que nos tornam tão especiais. Não a nossa futilidade (da qual só algumas padecem, não eu), porque há que saber distinguir! Mas o nosso jeito, tão feminino, de preocupar-nos em parecer bem... e eu sei que eles gostam! Uma mulher feminina, uma mulher mulher, que sabe o que quer e o que gosta, atrai muito mais, é verdade. E os homens, estou certa, também têm as suas futilidades com que se ocupam. Faz parte.
Peco quando todos os meses compro uma revista feminina, que para mim é A revista. Gosto mesmo muito de a ler, mas às vezes pesa-me na consciência e fico a achar que se calhar seria melhor adquirir outro hábito de leitura, comprar a Visão, sei lá. Sempre dava um melhor ar!
Mas não, todos os meses, lá caio eu. E já nem me debato. Eu gosto. Eu quero. Eu compro. Eu leio. Ponto final.
Na edição deste mês de Dezembro saiu um artigo que tinha como título "Os dados mais hot sobre sexo". Ora, estou eu no comboio, já a uma hora tardia a voltar para casa do emprego, a ver se ninguém se apercebe que estou a ler tal coisa (porque eu nestas coisas sou muito pudica), que no fundo até se revelou por ser muito interessante por sinal, e afinal até aprendi qualquer coisa... E eis que o ponto 9, dos 56 que tem, diz: "Estes alimentos são mais poderosos do que um orgasmo! Este é o top três das delícias que as mulheres afirmaram preferir a sexo (chocolate, bife e sushi)." ah?? Eu li bem?!
O que me apraz dizer é: ou as meninas que participaram neste estudo tiveram uma vida sexual muito infeliz ou então comeram chocolates, bifes e sushi tão bons, como eu nunca encontrei!
Tenho dito.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Prof. Ana Martins

Adoro o que faço. Sonho com esta profissão, inconscientemente, desde que comecei a brincar, em criança e, conscientemente, desde o tempo em que andava no 11º. ano.
Durante esse tempo, do secundário, até aqui, muitos foram os que duvidaram que esta seria uma boa opção. A elevada taxa de precariedade e desemprego nesta área fazem-se notar de uma forma muito marcada. Muitas foram as vezes que eu própria duvidei. Há sempre dúvidas e estas têm várias origens e fundamentos. Mas o importante é que não lhes dei ouvidos. Mesmo tendo muitas incertezas e inseguranças, o sonho de que um dia poderia ser para alguém aquilo que muitos professoras foram para mim, não me deixou ficar naquele espaço de incerteza e vazio, que é onde se encontram os sonhos que ficam por concretizar.
Hoje tenho pessoas, miúdos e graúdos a chamarem-me de professora. Hoje tenho alunos a quem tento passar a minha paixão pelo inglês, embora às vezes sabe Deus, essa tarefa é quase impossível e já seria bom se eu lhes conseguisse explicar o verbo "to be", sem que eles tenham dúvidas.
É muito engraçado ver neles aquilo que eu já fui e asseguro-vos que não fui muito diferente. Na maioria dos casos revejo-me em cada dúvida, em cada erro, em cada dificuldade em entender o que me explicavam, como se fosse a coisa mais fácil do mundo (será que os professores não entendiam que nós estávamos a ouvir aquilo pela primeira vez e que não, não era tão óbvio como eles faziam entender que era?).
Tento sempre ser o melhor que consigo, Preocupo-me com eles, enchem-me de orgulho quando fazem um exercício todo certinho, depois de terem ouvido atentamente a minha explicação. Gosto muito deles e é muito bom perceber que também gostam de mim.
Adoro ser professora e adoro os alunos que tenho.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Dentro de nós


Nós as mulheres. Dentro de nós há muitas, não há só uma. Não somos só aquilo que pensamos ser, aquilo que os outros vêem ou que gostaríamos de vir a ser. Somos todas, no entanto, é certo, que por vezes não somos nenhuma. Conseguimos ser todas ao mesmo tempo. Conseguimos enganá-los, sem que desconfiem, fazendo-os amar-nos ainda mais. Nós manipulamos, nós ensinamos, nós salvamos. Há algo que todas temos que me faz ter muito orgulho em ser mulher, a nossa capacidade de sermos fortes, sendo sensíveis. Por outro lado, reconheço a mesquinhez comum a muitas, que me envergonha e me causa algum desconforto.
Não sou mesquinha. Consigo guardar um segredo. Não sou complicada. Sou de fácil trato. Mas sou mulher. Também tiro conclusões precipitadas daquilo que os homens falam (quando eles são tão directos e dizem apenas aquilo que têm a dizer, sem segundas intenções ou interpretações), também digo que estou bem, quando na verdade não estou (mas, por amor de Deus, isso não se nota logo na cara?), também sou complicada, embora acho que seja o mais "descomplicada" que a minha condição de mulher o permite. Gosto de ser mulher, mas acho que ia gostar de ver o mundo sob o olhar de um homem. Seria tudo mais simples, tenho a certeza. Porque sejamos sinceras, quem complica, muitas vezes, somos nós!


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como conquistar uma mulher num simples passo

Untitled


1º. (e único) passo: Insistir

Para quem não ficou contente com o conselho, é porque não sabe bem o que insistir quer dizer. Mas eu passo a explicar. Em primeiro lugar, sim, resulta, se ainda não resultou é porque não insistiram o suficiente ou da melhor forma. Não há mulher que resista a um homem que:

1 - Deixa tudo para estar com ela;
2 - Faz elogios sinceros e originais (quem não sabe como fazer isto pode desistir já, porque é das coisas mais irresistíveis, saber que somos assim tão especiais aos olhos de alguém);
3 - Manda mensagens de bom dia e/ou boa noite;
4 - Oferece flores (pode até ser uma flor qualquer colhida no jardim público mais próximo (não façam isto se ela for fundamentalista com o facto de não se poder arrancar flores do jardim). As flores são um clichê que resulta, mas não é tudo;
5 - Insiste (nunca é demais lembrar);
6 - Percebe o que aquela mulher em concreto gosta. No fundo, no fundo, perceber a singularidade da pessoa e utilizar isso para conquistá-la. Todas as mulheres, por muito que pareçam todas iguais, têm o seu jeito especial. É imperioso perceber qual é o seu "Je ne sais quoi";
7 - Escreve bilhetinhos, à moda antiga mesmo. As mensagens e os e-mails e as conversas no chat podem tornar-se maçadoras, sobretudo se ela ainda não gosta de vocês da forma que querem, por isso, os bilhetes, de quando em vez, escritos num português simples e exemplar, resulta sempre. Se não tiverem jeito para a escrita, façam citações, não esquecendo das aspas e de nomear o autor. É igualmente especial, se o texto for bem escolhido e parecer ter sido escrito a pensar nela.
8 - Oferece jóias. Se tiverem dinheiro para um anel num metal precioso, ótimo, ou um colar Swarosvski, ainda melhor. Se o dinheiro não abunda para esses lados podem sempre dar uma bijuteria, que também agrada. Mas, querem um conselho? Se estão mesmo, mesmo interessados, mais vale esperar uns meses a poupar um dinheirinho para comprar a tal joia, porque terá um efeito duplamente maior e compensa.
9 - Insiste (não se esqueçam)
10 - Insiste, sem chatear. Este é talvez o ponto mais difícil de seguir, porque não é muito claro. Para algumas mulheres pode-se insistir um pouco mais, outras gostam de atenção, mas não diária.
11 - Cuide de si. Se vista bem, tenha bom gosto. Cheire bem. Tenha sentido de humor. Seja engraçado e se faça notar quando entra numa sala (sem ser um galã ou uma árvore de Natal que chama todas as atenções para si, deixando os outros, que estão à sua volta, rebaixados, apagados). Seja inteligente, culto. Educado, que não diz palavrões a cada frase que profere. Que seja uma boa pessoa, mas com uma pitada de sal (nenhuma mulher tem paciência para santos!) - Se algumas ou todas estas características te falta, é só trabalhar o dobro nos outros pontos
12 - Ser bom na cama, também conta (se já tiveram a sorte de chegar aqui)! Fazê-la sentir rainha naquele momento e que só ela importa, fazê-la sentir especial, desejada. Não se esqueçam de referir o quanto gostam do corpo dela. É uma atitude chave para subir a sua auto-estima e fazer com que ela também dê mais de si e torne o momento único para ambos. Uma boa química neste campo é coisa para deixar qualquer mulher de quatro por vocês (literalmente também!)
13 - É discreto q.b. Nada de publicar coisas lamechas, fofinhas e ridículas no mural do facebook dela (isso irrita!)
14 - Que não se mostra sempre disponível, estando. É difícil perceber esta. Ou seja, as mulheres gostam de saber que o homem está ali para elas, para tudo, a qualquer altura do dia. E é bom que estejam. Mas não têm de estar. Façam a vossa vida normalmente. Continuem a sair com os vossos amigos e amigas. Mantenham a vossa personalidade e vida pessoal e social. Não recusem fazer nada, só para ficar em casa a ver o filme preferido dela (a não ser que ela vos tenha convidado para verem juntos)
15 - Façam-na rir. Se conseguiram fazê-la rir, já está... não têm de fazer mais nada. Ela é vossa...
16 - Que não deixe de a conquistar, depois de já a ter conquistado.
17 - Se fizeste tudo isto e nada resulta, ignora-a. Ela vem logo a correr atrás de ti. Ou não, mas é última chance que tens!


(Mulheres, tenho pena, mas não tenho conselhos para vocês. A minha experiência diz-me que é impossível conquistar um homem. Desistam, é o meu conselho! Deixem-se antes conquistar por alguém...)

sábado, 16 de novembro de 2013

Eu ganhei o euro milhões.

Never love!

Se há coisa que eu odeio são os encontros e desencontros da vida. Melhor. Os desencontros. Esses é que odeio, porque os primeiros são doces, são alegria, são surpresa, são inquietude, paixão, descoberta, chegam até a ser amor. Mas na vida nada pode ser perfeito. Se está tudo bem, arranjamos alguma forma (estúpida) de arruinar as coisas.
A felicidade. 
Tenho para mim que o mundo anda cheio de pessoas com medo de serem felizes, que não trocariam por nada a infelicidade em que vivem e conhecem, pela felicidade que lhes é estranha. Nunca vão saber. Nunca vão saber o que está do lado de lá. Dos dias felizes que perderam, das almas gémeas que deixaram ir, dos filhos que queriam ter, mas não tiveram por escolha (acham eles). Odeio desencontros. Não gosto. Será que me fiz entender? Não gosto mesmo.
Saber que se não fosse um pequenino "se" as coisas seriam como nas histórias de príncipes e princesas; que seria como em crianças acreditávamos, no para sempre felizes. 
Há coisas que são de nos tirar do sério. Não sei se já viveram desencontros. Não sei sequer se sabem o que é um desencontro. Eu sei bem o que é. Desengane-se aquele que acha que é o mesmo que ficar de coração partido. Não. É outra coisa. É isto. É sentir que ganhamos o euro milhões, sem ter autorização para mexer no dinheiro. É assim que eu me sinto. Que aqueles 100 milhões do Jackpot de ontem me saíram a mim e logo depois alguém disse: "estava a brincar, afinal não é para ti..."
Um desencontro é mais doloroso que procurar a vida inteira sem encontrar. É morrer na praia. É ter provado água nos primeiros quilómetros de um percurso num deserto árido, quente e gelado (ao mesmo tempo) e sermos obrigados a percorrer os últimos quilómetros sem água alguma... eventualmente, se formos fortes e inteligentes, sobrevivemos, mas nunca seremos a mesma pessoa. Nunca beberemos água da mesma forma, mesmo que ela nunca nos falte. 
Há coisas na vida que nos marcam, ganhar o euro milhões e perdê-lo a seguir, com a plena consciência que nunca o tivemos e do quão felizes seríamos se o tivéssemos só para nós, é uma delas. Mas há coisas bem piores. Os desencontros.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"Quando alguém diz que quer ir, já foi"




Tudo vai acabando. Tudo, mais tarde ou mais cedo, de forma mais ou menos dolorosa, desaparece. Às vezes o tempo, sem que nos apercebamos, encarrega-se de apagar memórias, momentos, sentimentos... outras, parece que somos os espectadores de primeira fila da nossa própria vida, onde assistimos incrédulos, imóveis e petrificados a um filme de terror, com direito a gritos, sangue e lágrimas. Neste caso tudo também vai desaparecendo, mas à medida e na mesma proporção que se desvanece, nós vamos partindo os ossos, ferindo o corpo, apagando a luz do quarto escuro, vazio e húmido, sozinhos, sem ninguém para nos dizer que o escuro não faz mal. 
Mas depois passa. E só então, quando a dor já não é tão grande, vamos percebendo que sobrevivemos. Afinal, aquela catástrofe por que estávamos a passar de olhos fechados, para não ver aquilo que sabíamos estar a acontecer, não nos derrubou e, pelo contrário, deu-nos armas para combater o próximo tsunami. 
Da próxima vez, não me aproximarei do mar.
Não haverá próxima vez.



"Ganhamos juntos, o que perdemos em separado."

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A missão sorriso: a Leopoldina e a Cristina Ferreira


Domingo de manhã, acordo eu cheia de vontade de me enfiar dentro de um centro comercial e fazer umas comprinhas. Primeira paragem: supermercado para comprar uma garrafa de água (que viria a ser-me muito útil depois de horas a deambular). Quando estava a entrar reparei que estavam em campanha de angariação de alimentos para a Missão Sorriso, peguei num saco, com todo a solidariedade a surgir em mim, pronta para fazer a minha parte e contribuir.
Depois disso, já com os produtos em causa comprados, a garrafa para mim e o outro para doar, eis que me aparece à frente uma filmagem da campanha! Não resisti em ir lá espreitar e tirar fotos... estava lá a Leopoldina e a Cristina Ferreira. Confesso que a excitação de ver a Leopoldina (que sempre fez parte do meu imaginário infantil desta época Natalícia) foi bem maior do que ver a outra que apresenta umas coisas na TV...

"Brinquedos, brinquedos, eles são a nossa maior alegria..." (e eu ainda me lembro de cantar isto e achar que era verdade... não foi há tanto tempo quanto isso!)

sábado, 9 de novembro de 2013

Esta sou eu

"Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos." 
José Saramago

Essa coisa, que é aquilo que sou, muda todos os dias. Ás vezes sou como uma raiz de uma árvore, presa à minha condição, ao meu estado de alma. Outras sou como eu própria, livre, única, tão genuinamente eu. Sou cada pedaço de cada pessoa, que, passando pela minha vida, deixou em mim. Sou o meu primeiro beijo, tímido e nervoso. Sou as gargalhadas que dei. As parvoíces que fiz. Sou os amores que tive. Sou os amores que deixei escapar. Sou os pais que tenho. Sou a forma como falo. Sou a fraqueza e a fortaleza na mesma pessoa. Sou as cartas de amor que escrevi. Sou os amigos que tenho. Sou as guerras interiores que travei comigo mesma. Sou o meu olhar no futuro. Sou a vontade imensa de ti. Sou a sensualidade e ingenuidade. Sou a delicadeza e a brutalidade. Sou honesta. Sou o mais verdadeira que consigo. Sou transparente. Sou o pecado e a salvação. Sou quem tu procuras. Sou livre. Sou o que escrevo. Sou o que ainda está para vir. Sou a pessoa que serei.
Sou tão eu. Sou tão eu, todos os dias...




quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Há coisas que só em Lisboa!


No passado domingo fui ao teatro. Ir ao  teatro, ao cinema e jantar fora estão, sem sombra de dúvidas, no meu top ten do ranking da forma como eu gosto de passar o meu tempo de lazer. Adoro cultura, adoro visitar museus e apreciar coisas bonitas, coisas que me dão prazer e me relaxam, que me comportam para uma realidade que não é a minha.
Fui ver "A grande estreia", uma peça de teatro que vi anunciada algures, e que assim que soube um pouco mais, fiquei com uma vontade enorme de ver. É uma comédia. É sempre bom rir num tempo em que as razões para sorrir não nos têm batido à porta. Mas nós já sabemos que quando as coisas não nos batem à porta, temos que ser nós a abrir caminho. Por isso, se queremos rir temos que nos predispor a tal. E não há melhor forma do que assistir a uma cómica peça de teatro.
E sabem qual é a vantagem, de entre tantas outras, de viver em Lisboa? É que aqui é só escolher. É só querer. Há várias peças de teatro a decorrer ao mesmo tempo, em vários locais. Não é como acontece lá na terrinha onde uma peça de teatro no salão paroquial, com atores amadores (contra os quais não tenho nada), é o acontecimento do ano! Aqui as peças são na sua maioria com artistas que eu estou habituada a ver apenas na televisão. E, para mim, esta é uma das melhores coisas de se viver numa capital europeia: aqui a cultura prospera.
Mas depois vocês dizem-me, "Ó menina, não há dinheiro para isso!" E eu respondo, é verdade, ir ao teatro é caro, sim, mas é algo que nos enche a alma de uma forma tão completa e enriquecedora, que, na verdade, dar 15 euros de quando em vez não me parece exagerado. A cultura é cara, acho, sim, que poderia ser mais em conta, mas ao mesmo tempo, também consigo perceber os preços que se praticam.
Porque senti que aquele dinheiro que gastei, para ver cerca de uma hora e meia de espéctaculo, foi muito bem investido. Investimos em nós, nas gargalhadas, no bom tempo passado, nas memórias de vida, nos episódios para contar aos netos...

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Promessa cumprida


Lembram-se de há umas publicações atrás ter prometido aqui, por escrito, que iria começar a fazer exercício físico? Pois bem, promessa cumprida. Hoje foi o meu primeiro dia no ginásio e não há nada como tomar um duche logo de seguida com a sensação de dever cumprido... vamos a ver como correm os próximos meses! Mas agora apetecia-me ficar sentada no sofá a tarde toda, para compensar!! (brincadeirinha) Mas não pode ser, pois está claro... os meus alunos esperam por mim.

Boa semana a todos!

sábado, 2 de novembro de 2013

Anita na cozinha

Prestes a ir ao supermercado, quando estava a fazer a minha lista de compras, lembrei-me que em vez de comprar doce já feito, poderia ser eu própria a fazê-lo. Dei uma vista de olhos na internet, (na verdade abri o primeiro link que vi e fiquei-me por aí!!), os ingredientes eram poucos, por isso não ia gastar muito e isso agradava-me e o modo de preparação era tão fácil que me levou a ficar um pouco reticente e a improvisar mais um ou outro ingrediente, para dar um toque especial.

Abóbora. A compota que ia fazer era de abóbora. Arregaço as mangas e com todo o entusiasmo começo a trabalhar. Vou dizer a verdade, fiz tudo a olho. Não comprei a quantidade de abóbora que a receita indicava, portanto a partir daí achei que me desenrascava sozinha.
No entanto, não sei se posso dizer que estava confiante, durante todo o processo acompanhava-me aquela desconfiança, habitual sempre que fazemos algo na cozinha pela primeira vez.
E não é que me saí bem? Muito bem até! Não ficou doce de mais (não gosto de compotas insuportavelmente doces) e o sabor não é de todo enjoativo. Agora é só juntar queijo fresco e rechear o meu pãozinho do pequeno-almoço! Hmm...


Aqui está a prova:





sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Há coisas que me irritam

Há coisas que irritam. Coisas que irritam a todos. Coisas que irritam a cada um de nós em particular. Coisas que achamos que não irrita ninguém e vai-se a ver não é verdade. Mas a mim irrita-me, ou vá lá, faz-me um pouco de comichão, quando as pessoas, que já passaram pela experiência da maternidade utilizam em excesso o argumento: "quando tiveres um filho vais perceber".
Verdade. É verdade que ser mãe ou pai é um experiência única e muda profundamente a vida, a alma e o carácter de alguém, tanto que não dá para explicar e que quem ainda não passou por isso não pode imaginar sequer.
Mas eles exageram, a sério que exageram. Há coisas que dá para perceber, ou pelo menos aqueles que têm meio palmo de teste entendem, mesmo antes de serem mães ou pais...
Mas pior que isto é quando os ricos pais se lembram de culpar a criança pela vida caótica em que se encontram. Pelo divórcio. Pela falta de sexo. Pela falta de amor. Pela falta de cumplicidade entre o casal. Pela falta de tempo para ir ao ginásio. Pelas horas sem dormir.
Há coisas que só quem é pai entende. Há outras que só quem ainda não é consegue ver.
De qualquer das formas o que é que eu sei sobre isto? Nada! Eu não sou mãe, por isso, pela opinião de alguns todos os  pais, eu não posso pronunciar-me, porque só vou entender quando tiver dado à luz.



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Isto da suposta nova lei dos animais domésticos

Serei a única que não ficou chocada quando leu a notícia de que iria sair uma lei que proibiria ter mais do que quatro gatos e dois cães (não sei se é em conjunto, mas tampouco importa) a viver num apartamento?
Não, a sério, serei mesmo a única??
É que assim que li a notícia, pensei, sim, faz sentido, mas depois vejo um milhão de gente completamente indignada e cheia de ideias e argumentos para provar o quanto seria errado, e deparo-me com um leve peso na consciência e a perguntar-me a mim própria, serei assim tão fria?
Não me parece que seja o caso. É verdade que, para mim, cães e gatos são cães e gatos, não nutro especial sentimento por nenhum dos dois. Não gosto de saber que são abandonados, custa-me pensar que alguém é capaz de o fazer, mas não sou de todo acérrima dos direitos dos animais, nem fã dos mesmos. 
Se é para ter que cuidem bem deles, mas eu cá prefiro não ter. Ponto final. É uma opção e acho que não é pecado não gostar da ideia de ter um cão ou um gato a coabitar no mesmo espaço que eu.
Mas, apesar de tudo, vamos lá ver se a gente se entende, antes que os fanáticos pela defesa dos direitos dos animais me venham atacar, não seria até compreensível que num apartamento (que é uma espécie de casa pequena até para os humanos) não vivam uma legião de animais? É que os bichos gostam de correr, saltar, gastar a energia, etc e tudo bem que quem tem animais deve passeá-los, mas todos sabemos que nem toda a gente o faz. Quantos não são aqueles, que no frio e pico do temporal de inverno, se aliam à preguiça e ao quentinho e conforto da casa e se esquivam de ir passear o "Bobi"? Muitos. Alguns até aposto que fazem parte dos que se dizem tão contra esta terrível lei!
É muito apreciável socialmente ser-se politicamente correcto e indignar-se, falsamente, contra esta lei, quando na verdade, saba-se lá como tratam os próprios animais. Por isso, antes de pensarem em dizer umas quantas coisas, pensem, o governo podia muito bem ter boas intenções* e bons argumentos para que a lei fosse avante. E eu sinceramente consigo encontrar alguns. Pronto, só não me peçam para enumerá-los, porque estou cansada e o meu cérebro não dá para muito mais!

Estejam à-vontade para protestar e deixar a vossa opinião, eu dei a minha!

* isto de o governo ter boas intenções também é questionável, até porque já se sabe o que se diz sobre boas intenções!



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

De volta


Estou de volta à cidade capital, depois de um fim-de-semana em casa dos pais, não que isso vos interesse, certo? Mas o curioso que notei nesta viagem e nestes dias que por lá fiquei, é o quanto as coisas mudam em tão pouco tempo... ou talvez, o quanto nós mudamos e em consequência tudo o que está à nossa volta nos parece diferente. E ao mesmo, tanto que não mudou. Tanto que permanece igual. É engraçado chegar e ver que o meu quarto está exatamente como o deixei, mas a forma como olho para ele nunca é igual de cada vez que lá volto. Há coisas que me trazem lembranças boas. Há coisas que já tinha esquecido, mas que rapidamente voltam à memória. Lembro-me, sobretudo, de cada vez que volto a casa, da ânsia que eu sentia de vir para cá, do quanto eu fazia ideia que ia ser feliz em Lisboa, que era onde estava o meu coração. Durante os últimos meses, independentemente do sítio onde estive a viver, que inclui também Coimbra, claro está, o meu coração esteve cá. Eu num lado e o meu coração nunca comigo.
Hoje estou de volta e comigo voltou também o meu coração, que agora me acompanha. Não mais o deixarei estar onde eu não estou. Neste momento estou em Lisboa e é aí que ele está. O meu coração está em mim e só a mim pertence.
No sábado, quando parti da Gare do Oriente, em direcção ao Norte, lembrei-me da primeira vez que pisei aquele chão, quando o comboio parou, do quanto aquilo me pareceu tão estranho, grande e assustador. Mas não tive medo. Nunca tive medo. Hoje sei que está na hora de criar novas memórias, de deixar de olhar para trás... 
E já que a vida me deu limonada, vou ali fazer limões e já volto! 



"(...)E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração."

Fernando Pessoa

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Eu sou sexy

I'm sexy

Amigos, conhecidos, menos conhecidos e até desconhecidos, peço desculpa. Peço desculpa por dizer algo que a maioria das pessoas é demasiado ou até falsamente púdica para dizer. Algo que seria para esconder, ou para dizer por outras palavras para não ferir a susceptibilidade dos mais sensíveis. Algo que ninguém está à espera que diga a não ser que seja por brincadeira ou porque a moral de uma tal pessoa é desconfiável.
É triste, mas não nos temos habituado a falar bem de nós. Habituamo-nos, e especialmente nós as mulheres, a dizer tudo  o que vai de mal no nosso corpo. E aposto que até a pessoa mais bonita e perfeita que esteja a ler isto, consegue enumerar pelo menos três coisas que não goste no seu corpo, num estalar de dedos, sem pestanejar.
Pois bem, eu sou sexy. Tu és sexy, ou pelo menos, na pior das hipóteses, tens potencial para isso.
E o que é ser sexy? É algo muito variável. Mas para mim é alguém que cuida de si, que sabe tirar partido do que melhor tem, que tem confiança, que ri, que é simpático, que não tem vergonha do que é e não se esconde, alguém que olha em frente quando caminha, alguém que me faz olhar duas vezes, alguém que sabe que é sexy e não o apregoa aos sete ventos. Alguém com muita vontade de viver. Alguém inteligente.

Nesta sexta-feira, sejam sexys e admitam-no, nem que seja em frente ao espelho, sozinhos!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Benfica


Não vão sendo raras as vezes que alguns me perguntam, "Não preferias morar mais perto do trabalho?" ou "Eu se fosse a ti mudava-me para mais perto", etc.
Meus caros, a reposta é simples, clara e objectiva: eu gosto de morar exatamente onde estou. Gosto. É verdade que demoro cerca de 45 minutos entre o momento em que ponho o pé na rua de manhã e aquele em que chego ao trabalho e que seria muito mais fácil viver perto dele. Mas se há alguma coisa que eu gostaria de mudar de verdade era o local do meu emprego e não o local onde vivo.
Portanto, esta teimosia em morar a uns bons quilómetros do trabalho não se deve ao meu masoquismo às vezes latente, porque assim como os outros comuns dos mortais, eu também adoro aliar-me a uma boa dose de conformismo e sair uma hora mais cedo da cama não é bem o meu passatempo preferido!
A questão aqui reside no facto de estando eu a morar em Lisboa, numa cidade que durante tanto tempo, e até há uns meses, me era completamente estranha, ter encontrado aqui um lugar onde eu me sinta em casa é um achado e um tesouro do qual eu não estou disposta a abrir mão. 
Tenho um preço a pagar? Tenho. Digamos que agora trato por tu o Metro de Lisboa, a Carris e a CP e que com tanta gente que me cruzo, acho sempre que por muito alerta que eu esteja, nunca é o suficiente para garantir que não sou assaltada... mas a gente habitua-se.
É aqui que estou, é aqui que vou ficar. 
Benfica é a minha casa em Lisboa.




domingo, 20 de outubro de 2013

Queres casar comigo?

 
Na realidade, sei que a ideia de casamento perfeito não existe; que a partilha de uma vida com alguém implica muito mais para além do sentimento de amor que os une.
E alguns, que me conhecem, sabem que já disse várias vezes que o casamento não é para mim. Aquela ideia de partilhar o meu espaço, a minha cama, o meu conforto solitário, os meus silêncios e tudo o resto é algo que, até há bem pouco tempo, era um pouco difícil de aceitar.
No entanto, por alguma razão, percebi que não há nada que me fizesse mais feliz. Por alguma razão, aquela ideia de partilha já não parece tão assustadora...Acho que deixou de ser assustadora quando encontrei alguém perfeito o bastante para me fazer feliz a lavar a loiça depois de jantar numa noite de domingo. Alguém que me faz companhia, sem sequer falar comigo. Alguém com quem sou feliz. Alguém que me faz querer ser uma pessoa melhor. Alguém a quem eu amo profunda e incondicionalmente.
Mas.
"É tão bom dividir a nossa vida com alguém com quem realmente queremos estar, não é?" pergunto-lhe eu.
Mas. Silêncio. Mas. Mas.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Let's get physical




Todas as semanas penso: é agora que me vou tornar numa pessoa ativa e saudável; é esta semana que me vou inscrever no ginásio, que vou fazer caminhadas, que vou correr ou, mesmo que, para que nenhuma desculpa se me ocorra, vou começar fazer exercícios no conforto da minha casa. Mas depois está claro que me fico pelo pensamento. A questão é que não deveria pensar tanto! Mas sim, sei que não há desculpas possíveis e que fazer desporto é daquelas coisas que primeiro se estranha e depois se entranha, como dizia José Saramago sobre a Coca-Cola. 
Mas, sim, vou começar a mexer-me (pela minha rica saúde!!), fica aqui a promessa! E estão vocês aí desse lado, que não me vão deixar escapar de a cumprir. 


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A arte do flirt




O dia-a-dia é uma correria. Para o trabalho, autocarro (ou a pé, como foi hoje), comboio e metro e à noite, de volta, o mesmo trajeto. Com a rotina e com os horários que se vão padronizando é natural cruzarmo-nos com pessoas que partilham o mesmo horário que o nosso, e que por isso são caras já comuns, para além das outras dezenas, claro, com quem eu me cruzo todos os dias. Porque aqui em Lisboa os humanos multiplicam-se mais rapidamente que nos outros locais, parece-me a mim! É uma espécie que aqui prolifera muito e bem, já deu para perceber...
Portanto aqui há de tudo. Há-os para todos os gostos e feitios. Se acham que já viram de tudo, experimentem dar um saltinho cá a baixo (digo baixo, porque tenho como ponto de referência a minha naturalidade, que é bem nortenha!). 
No dia-a-dia, dizia eu, é muito comum ver caras, muitas caras nos transportes públicos, uma ou outra vamos reconhecendo de viagens anteriores e outras nem por isso, portanto é sempre uma descoberta constante. Nesse entretanto vai-se praticando uma coisa que se chama "flirt" (não há necessidade de explicar o termo pois não?)... nunca eu assisti a tanto "flirt" na minha vida. Aquele mais simples e básico de não mais do que troca de olhares e sorrisos, mas que torna a viagem bem mais entusiasmante, imagino eu... no fim, cada um irá para a sua vida e no dia seguinte haverá mais!



terça-feira, 15 de outubro de 2013

Chega-te a mim




Não há nada melhor do que aquele momento em que sentimos que nos estamos a apaixonar. Não há nada melhor do que isto. Nada mais poderoso e desconcertante. Nada que nos faça tremer tanto as pernas e causar borboletas no estômago, de uma maneira agradável. Nada que saiba tão bem.

Mas aquilo que eu mais gosto é, a par de reconhecer no outro qualidades que fazem o meu coração bater mais forte, sentir a outra pessoa genuinamente interessada em mim; genuinamente fascinada pela forma como me comporto, como mexo o cabelo, como riu, como caminho, etc. Adoro quando sinto que esse alguém nota em mim coisas que eu ainda não tinha sequer percebido. Mostra que importamos. Há pessoas importantes e depois há as que importam. Eu cá prefiro as que importam.

domingo, 13 de outubro de 2013

Cheira a Lisboa

Aquele momento em que te dás conta que não vives numa cidadezinha, porque tens o Colombo, o centro comercial maior em que já estiveste a quinze minutos de casa,onde tem a Primark maior de Portugal e a segunda maior da Península Ibérica. Loja esta que me fascina cada vez mais a cada momento em que lá entro... (com uns preços tão baixos e produtos tão giros, quem consegue não gostar??)
Ah ,no Colombo, qual não é o meu espanto quando me deparo com autoclismos que descarregam sozinhos, como por magia, levando-me a ficar estupefacta ao ponto de falar sozinha e depois já não saber se era eu que estava a ficar maluca ou se aquilo aconteceu mesmo!

Há coisas que uma rapariga da aldeia (em transformação para menina da cidade) necessita de assimilar devagarinho. Lisboa é Lisboa de verdade! 

sábado, 12 de outubro de 2013

O principezinho

frightened by a hat | via Facebook

Não seria bom se de vez em quando víssemos as coisas através do olhar de uma criança? Para a imaginação, o céu é o limite...


Tradução minha:
"Eu mostrei a minha obra de arte aos adultos e perguntei-lhes se o meu desenho os assustava. Eles responderam: "Porque é que alguém haveria de ficar assustado com um chapéu?"


P.S. Se não sabem porque é que o principezinho perguntou se o desenho assustava, leiam o livro, garanto-vos que não se vão arrepender.

Tapem-me isso!

Por favor, minha boa gente, sempre que vestirem umas calças olhem bem e analisem se assenta, se aperta, se são confortáveis e vos favorece... Até agora nada de novo neste conselho.
Mas e que tal começarem a notar também se o dito par de calças é adequado ao corpo, o suficiente para não andar a mostrar publicamente o vosso rabo? Sim, porque é disso que falamos, de rabos à mostra. É que se o querem mostrar eu até posso tolerar, mas, por favor, não obriguem aqueles que não querem ver tais partes do vosso corpo.
Ainda hoje tive uma dessas visões, que aliás dão vontade de dizer WTF (Why The Face)? 
Ok, eu até dei o benefício da dúvida pensando que talvez a pessoa não se tivesse dado conta. Mas quando percebi que, durante todo o tempo em que esteve sentada, tapou a área crítica fez-me entender que ela só andava assim porque queria.
Por favor, eu não quero ver rabos alheios,!!!!!! Nem eu, nem os meus alunos, que depois de terem um ataque de riso em plena aula, percebi que não fui só eu a ver o que não queria. 
Os mesmos alunos que minutos depois disseram, em conversa um com outro, sem saber que eu estava a ouvir, olha que com esta professora só saímos daqui quando acabarmos os exercícios todos. Oh eu sei que eles gostam de mim! :)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Às vezes viramos à direita, quando queríamos ter ido sempre em frente

Vamos falar de quando por uma razão ou outra seguimos um caminho, quando temos na cabeça a ideia já traçada e definida de um trajeto oposto.
Eu poderia estar a referir-me às inúmeras vezes que andamos às voltas com o carro, ou das vezes em que perdemos as saídas das auto-estradas, obrigando-nos a adicionar consideravelmente um número de quilómetros ao nosso percurso, mas não é a isso a que me refiro.
Falo de quando nos perdemos na vida. Quando perdemos quem somos. Quando de repente sem que te dês conta estás a falar do que não queres dizer; fazes o que sempre juraste ser incapaz de concretizar...
"Isso a mim nunca me vai acontecer", dizia eu. E não é que o nunca chegou? Aquele momento em que te colocas debaixo do pé de alguém, de forma voluntária. Aquele momento em que alguém te tem na mão e és tu que insistes em lá ficar...
Se isso algum dia vos acontecer, certifiquem-se de fazer marcha-atrás, dar uma volta completa e apanhar a saída mais próxima o mais rapidamente possível. Não vão apagar a distância que percorreram na direção errada, mas nunca é tarde para fazer o que está certo...Ninguém, mas mesmo ninguém tem o poder de conduzir a vossa vida, se não vocês mesmos.


P.S. Às vezes o outro pelo qual somos calcados somos nós mesmos, ou mesmo alguém que gosta muito de nós. A maioria das vezes o outro não é o mau da fita. A maioria das vezes somos nós o nosso próprio inimigo.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

O que é que te faz feliz?

Felicidade. Sim, vamos falar sobre felicidade, que isto da tristeza e de os dias correrem mal não pode durar para sempre...
Hoje acordei a pensar naquilo que me faz feliz e até que cheguei a muitas conclusões. Passamos a vida a queixar-nos, porque  a semana é longa, ou porque está frio e chuva, porque queríamos ter um gato, mas afinal temos um cão, porque a estrada tem muitas curvas, porque a sobremesa estava doce de mais e por aí fora, a lista poderia continuar infinitamente .
Às vezes está tudo perfeito e nós teimamos em distorcer a realidade e em ver infelicidade e miséria onde não há. Não vemos que dentro de uma divisão onde as portas estão fechadas, estão milhares de janelas abertas por onde podemos sair.
E eu reconheço que também faço parte do lote de pessoas que de quando em vez teima em fazer-se de vítima da própria vida, quando na realidade sou a protagonista de um filme com um happy ending.
Há que olhar em frente. Aconteça o que acontecer é importante não olhar para trás. Isto foi algo que aprendi nos últimos tempos. Olhar para trás é o mesmo que ficar parado, que não viver... Devemos sempre olhar para o presente ou, quanto muito, para o futuro. Mas fundamentalmente para o presente, que é o único tempo que de facto existe e em que podemos fazer algo, de verdade.
Então o que é que me faz feliz?
Faz-me feliz deitar na cama e sentir o sono nos meus olhos a fazer-me adormecer; ouvir a chuva a cair numa manhã de inverno ao domingo; segurar um bebé no colo; receber elogios; fazer elogios; escrever; cantar; ouvir música; abraçá-lo; corrigir os trabalhos dos meus alunos; ver fotografias de momentos felizes; tomar um longo e quente banho depois de um dia cansativo; rir com os amigos; rir; comprar roupa; ir ao cinema; fazer amor; dormir acompanhada; dormir sozinha; dar colo; fazer alguém feliz; escrever cartas de amor; receber flores; dar presentes; viajar; conseguir alcançar os meus objetivos depois de uma luta travada contra a própria mente; conduzir; ser conduzida; ser admirada...



E a ti, o que é que te faz feliz?


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Amanhã é outro dia

Há dias em que sentimos que todo o mundo conspira contra nós. Há dias em que nada bate certo; em que perdemos o comboio; em que o trabalho não corre bem; em que a chegada ao fim de um dia de trabalho a uma casa vazia nos parece uma ideia insuportável; em que dávamos tudo para ter aquela única coisa que nos falta, mas não temos; em que não temos paciência para os outros e, muitas vezes, nem para nós mesmos.
Já tiveram com certeza dias assim. Quantos? Tantos que nem conseguimos lembrar.

Eu, há uns tempos, tive um desses dias. Ainda o consigo lembrar como se fosse hoje, porque a partir de então, todos os dias têm sido assim. Difíceis.

Mas amanhã é outro dia.


domingo, 6 de outubro de 2013

Então eu sou adulta e ninguém me avisa?

Pois é. Leram o título? É precisamente assim que eu me sinto. Que num dia andava eu atrás do sonho de ser uma pessoa independente e senhora do seu nariz e que no outro o sonho deixou de ser sonho e está bem aqui e agora a acontecer diante de mim.
Eu sempre pensei que nisto da transição da adolescência para a idade adulta fosse uma coisa mais marcada e definida, mas não, desenganem-se aqueles que ainda não adquiriram o tão desejado estatuto do qual falo e ainda estão à espera que as suas vidas e, sobretudo, mentes mudem drasticamente de um dia para o outro. Os adultos que são adultos há mais tempo, sabem perfeitamente do que falo e concordarão comigo. Se bem que começo a achar que por muito que os anos passem, nunca te apercebes verdadeiramente que te estás a tornar num ser adulto, auto-suficiente, experiente e sábio, pelo menos não como, enquanto crianças, víamos os nosso pais.
Na verdade por um lado sinto-me como sempre me senti, uma menina... ah mas esperem, eu ainda sou uma menina, embora ache que quando saí de casa e tomei rumo à maior cidade do país, para morar, isso me tornou um pouco mais mulher. 


Bem-vindos ao meu mundo!

AM