quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

"Um quente Agosto"


Vi no passado fim-de-semana o filme "Um quente Agosto", embora ainda não tenha estreado em Portugal.
E não poderia deixar de escrever aqui publicamente a minha crítica. Primeiro, tem um guião estupendo, bem escrito, muito bem conseguido e ainda melhor interpretado pelas incríveis atrizes Meryl Streep e Julia Roberts, que estiveram brilhantes nos papéis de mãe viciada em comprimidos, e filha que tenta lidar com a crise familiar, respetivamente.
E então vocês acham que, com isto, quero dizer que o filme é bom e que devem ir vê-lo... não!!! Mil vezes não. Não gostei do filme. Não sei como, nem porquê... as partes são boas, mas simplesmente não funciona como um todo.
Para mim, e no que aos meus gostos mais pessoais diz respeito, é um filme péssimo. É demasiado. É um filme demasiado. É demasiado em tudo aquilo que relata e mostra. Não gostei, pronto. Deverão haver milhões de pessoas que discordam, mas não consigo mudar de opinião.
As interpretações, no entanto, são estupendas, vale por isso... era um filme que tinha tudo para ser bom, mas simplesmente não é.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Estudasses


Digo muitas vezes aos meus alunos que fazer errado é o primeiro passo para acertar. Especialmente aos adultos, quando muitas vezes aquilo que lhes falta é sobretudo confiança e não propriamente competências. Os mais novos também precisam que eu lhes aplique esta minha teoria, porque o "Não sei como é que isto se faz" é incrivelmente proferido por eles. É certo, que na maioria das vezes, dizem-no porque têm preguiça de pensar, e então é mais fácil dizer que não sabem. Mas ainda assim dou-lhes uma boa dose de filosofia de vida e eles lá vão entendendo. Claro que não na mesma proporção com que os adultos a encaram. 
Mas não é verdade? Errar, fazer os exercícios, ainda que errados, é o passo mais importante para conseguir fazer certo. Não fazê-los é mais que garantido que não vão estar bem. E a verdade é que isto não se aplica apenas aos exercícios das disciplinas da escola, aplica-se à vida.
Errar é o primeiro passo para acertar. É só continuar, praticar, investir, estudar, lutar e aprender.
Fácil? Não, não é fácil, mas é assim que se consegue...

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Eu e a mini-maratona


Poucos, muito poucos, se é que haverá alguém, sabe que um dos meus objetivos de vida é correr. Ate há bem pouco tempo, tinha como meta correr 30 minutos seguidos, um feito já por mim alcançado há pouco mais de dois anos. Mas algo, algumas séries de desculpas e acontecimentos surgiram no caminho e agora se corresse 10 minutos sem parar era um acontecimento... e coisa também para ficar de cama no dia seguinte com dores musculares!
Mas, agora, surgiu-me a ideia de que quem corre 30' (ou correu) também corre 45' ou 60'.
E então (brilhante ideia tive eu), porque não inscrever-me numa mini-maratona? É divertido, dá graça à coisa e é mais um objectivo para continuar... até porque correr por correr, no início, é gratificante, mas depois não há como não desanimar, se não houver outro estímulo. A mini-maratona parece-me bem. Não tenho por objetivo fazer algo profissional (de todo), nem, a médio prazo de tempo passar para a meia-maratona, mas quero algo que me desafie, que me divirta e, acima de tudo, que mostre na prática de que sou capaz de o fazer.
Por isso, hoje, quando for fazer a minha avaliação no ginásio e o PT me perguntar quais são os meus objetivos, para além de dizer a treta habitual de querer ficar saudável, ativa e em forma, vou informá-lo de que quero correr a Mini-Maratona Bes Run Challenge, percurso Lisboa, de 10km, no dia 7 de Junho do presente ano.
Era isto, obrigada.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Deixem-se de coisas. Para não dizer outra coisa.


Depois de tanto tempo a cuidar de alguém, a dar de mim, sabe bem, finalmente, ter alguém que cuida de quem eu sou, que pegue em mim com muito carinho, como quem pega em algo frágil e trate as minhas feridas. O processo de cicatrização começou e a partir de agora cuidarei apenas de quem também precisa dos meus cuidados. De igual para igual. Só quem fica feliz por estarmos felizes, e tristes por estarmos tristes, merece o que quer que seja de nós.
Quem me conhece sabe que sou transparente e genuína naquilo que faço e naquilo que sinto. Se quero, quero, se não quero não me faço rogada em dizê-lo. Tenho os meus gostos, as minhas vontades, as minhas certezas e as minhas dúvidas e nunca em momento algum me ocorre escondê-los. Nunca conseguirei perceber quem não aprecie isso. Mas menos percebo quem fuja disso, quem tem medo da entrega, do amor incondicional. Tenho para mim que é porque não conseguem fazer o mesmo. Estarei errada. Mas sei que haverá alguém aí que pense como eu. Alguém que se deixe de merdas e valorize aquilo que realmente importa na vida. Alguém que perceba o meu valor (falsa modéstia também é um defeito e não vale a pena dizer isto por outras palavras), que não tem valor de tão valioso.


Para ti, M.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os Deolinda


Os Deolinda. Foi já há tantos anos que vi o primeiro concerto deles, que até me sinto velha. Nunca tinha ouvido falar de tal banda, mas o meu tio convidou-me para ir com ele e eu, ainda com medo que fosse uma seca, decidi aceitar. Amei. Amei verdadeiramente. Acho que se cada um de nós tivesse uma banda sonora, como têm os filmes, esta seria a minha. Os Deolinda. De quando em vez gosto de ouvir e, sobretudo, de os ver. Melhor, de a ouvir e ver cantar. São os quatro muito bons, mas ela dá ainda mais graça à coisa. Este tema "Pois foi" é genial. Quem escreveu a letra é um génio, é alguém capaz de transformar uma conversa de café numa canção magnífica. Ouçam e aproveitem. A Ana, não eu (mas também podia ser), a Bacalhau está brilhante, como sempre.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O dia dos Namorados


O Dia dos Namorados aproxima-se e com ele as várias reações das pessoas a este dia. Há quem faça questão de o celebrar, há quem nem se lembre dele. Há quem tenha namorado e odeie este dia assim como há o contrário. Eu nunca o celebrei, tendo eu namorado ou não. Mas não posso dizer que me é indiferente. Para mim celebrar o Dia dos Namorados é isto: namorar. Namorar ainda mais do que o normal. É dar uso à cama, não para dormir; dar uso à cozinha, não para cozinhar; é dar uso à sala, não para ver televisão... é isto. É amor. É prazer.
Não tendo eu namorado, obviamente que não dou importância, mas tampouco me provoca uma tristeza ou melancolia maiores. Não vivo angustiada por isso. Nem fico cheia de dor de cotovelo de quem tem alguém com quem possa festejar como deve ser o dia dos namorados.
Qualquer que seja o vosso estado, relaxem... respirem fundo e desfrutem. Be happy!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Vamos ao que interessa


Antes de qualquer outra coisa, peço desculpa pela ausência. A vida tem-se imposto, impossibilitando-me de aparecer. Sei que a par da tristeza e saudade que sentem, há alegria de poderem ler-me novamente e é isso que quero!
E, hoje, Pessoa passou cá um minutinho e sussurrou-me isto:

"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente  e inexpugnavelmente nosso."


Sonhar. É o que interessa...



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Uma porta que se fecha


Ele bateu-me a porta na cara. No dia seguinte, ainda com o som daquela porta que latejava na minha cabeça, chorei. Chorei agarrada à imagem dele a afastar-se cada vez mais de mim. Chorei. Chorei até um ponto em que não consegui manter-me de pé. Caí no chão e tive vontade de ter a minha mãe ali, para me agarrar, para me levantar, para cuidar de mim, para secar-me as lágrimas e dizer "Já passou", como ela sempre fazia quando eu caía, porque tinha esmorrado o joelho... Eu sentia-me infinitamente mais ferida do que em criança, mais vulnerável, mais necessitada do colo da minha mãe. Eu tinha alguém que me arrancara uma parte de mim. Alguém que levou algo que nunca mais será meu novamente. Alguém que tinha feito de mim a mulher mais feliz do mundo, carregava agora na mão a minha dor.
Estava sozinha. Mas levantei-me. Fiz uma escolha e decidi que aquela porta era eu que escolhia não mais abrir. Aprendi então que por muito que doesse eu ia seguir em frente. Feliz ou não.




Fictício

sábado, 1 de fevereiro de 2014

"Ei 'stora, esqueci-me do T.P.C!"


Eu não gosto de trabalhar ao sábado. Não gosto. Confesso. Acordar às 7h da manhã, mais cedo do que todos os outros dias da semana, acordar quando o sol ainda não se vê na rua, num dia que foi feito para preguiçar... não gosto!
Já para não falar nas saídas à sexta-feira à noite... as quais ficam logo comprometidas. Gosto de dormir, e ficar a dever horas de sono à cama é uma ideia que a mim me provoca quase alergia. É com muito custo que saio nestas circunstâncias, porque estou sempre a olhar para o relógio e a pensar: "Daqui a 5 horas levanto-me." Não gosto mesmo. Parvoíces à parte, a verdade é que trabalhar ao sábado de manhã, TODOS os sábados, é uma merda. Acho que é um sentimento unânime!
Mas, e mesmo nestas coisas que nos chateiam e estragam a vida há um mas, um lado bom. Eu adoro o que faço.
Os primeiros minutos a dar aula são ensonados, partilhados com os meus alunos exatamente tão sonolentos quanto eu, ou mais, acredito! No entanto, a dada altura já nos esquecemos que é sábado, que metade de Portugal ainda está na cama quando eu já expliquei três vezes o 'present perfect simple' e corrigi o trabalho de casa que ninguém fez, porque se esqueceu. Mas eu gosto, gosto mesmo.
E trabalhar ao sábado de manhã pode não ser o que mais aprecio, mas não haveria outro trabalho que me desse mais gozo fazer a um sábado de manhã do que aquele que tenho.

Bring those Saturday mornings!

P.S. Um à parte, é incrível como a desculpa para não terem feito o trabalho de casa é quase sempre "Ei stora, esqueci-me!" Nós, os que já demos aquela desculpa MIL vezes, sabemos que apenas 10% dos que alegam o esquecimento, estão a dizer a verdade.