
No passado domingo fui ao teatro. Ir ao teatro, ao cinema e jantar fora estão, sem sombra de dúvidas, no meu top ten do ranking da forma como eu gosto de passar o meu tempo de lazer. Adoro cultura, adoro visitar museus e apreciar coisas bonitas, coisas que me dão prazer e me relaxam, que me comportam para uma realidade que não é a minha.
Fui ver "A grande estreia", uma peça de teatro que vi anunciada algures, e que assim que soube um pouco mais, fiquei com uma vontade enorme de ver. É uma comédia. É sempre bom rir num tempo em que as razões para sorrir não nos têm batido à porta. Mas nós já sabemos que quando as coisas não nos batem à porta, temos que ser nós a abrir caminho. Por isso, se queremos rir temos que nos predispor a tal. E não há melhor forma do que assistir a uma cómica peça de teatro.
E sabem qual é a vantagem, de entre tantas outras, de viver em Lisboa? É que aqui é só escolher. É só querer. Há várias peças de teatro a decorrer ao mesmo tempo, em vários locais. Não é como acontece lá na terrinha onde uma peça de teatro no salão paroquial, com atores amadores (contra os quais não tenho nada), é o acontecimento do ano! Aqui as peças são na sua maioria com artistas que eu estou habituada a ver apenas na televisão. E, para mim, esta é uma das melhores coisas de se viver numa capital europeia: aqui a cultura prospera.
Mas depois vocês dizem-me, "Ó menina, não há dinheiro para isso!" E eu respondo, é verdade, ir ao teatro é caro, sim, mas é algo que nos enche a alma de uma forma tão completa e enriquecedora, que, na verdade, dar 15 euros de quando em vez não me parece exagerado. A cultura é cara, acho, sim, que poderia ser mais em conta, mas ao mesmo tempo, também consigo perceber os preços que se praticam.
Porque senti que aquele dinheiro que gastei, para ver cerca de uma hora e meia de espéctaculo, foi muito bem investido. Investimos em nós, nas gargalhadas, no bom tempo passado, nas memórias de vida, nos episódios para contar aos netos...
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