domingo, 5 de julho de 2015

O Palácio que me trouxe de volta

Há coisas que nos ultrapassam. Coisas tão grandes que nos controlam. Neste caso, juro que não queria (queria sim, queria sim!), mas tive que voltar a escrever. E agora não sei se vou conseguir parar.
A ver vamos. Agora atentem no assunto que me trouxe de volta...
Ontem, eu, dois amigos e mais meia população do distrito de Lisboa rumámos a Sintra para, como nos prometeram, ver o Palácio da Pena gratuitamente (quando normalmente o preço faz corar as pedras da calçada e estremecer as carteiras). Em troca, tínhamos apenas que levar um bem alimentar para doar aos desfavorecidos. Justo. Boa acção. Win-win situation. Tinha tudo para dar certo.
Só que não deu.
Foi tão mau que no dia seguinte quando acordei, tive mesmo a sensação que tudo não tinha passado de um pesadelo.
Não foi. Foi tudo muito real.
Vejamos, havia filas. Não. Não eram filas. Era o fim do mundo. E a meta, o palácio, era paraíso tão desejado.
Passámos pelo inferno e paraíso, nem vê-lo.
Foi tão horrível que não dá para escrever.
No fim, quase a chegar ao nosso limite físico e depois de estar três horas numa fila e não ter conseguido ver o Palácio, esperávamos por um autocarro que logo se viu que não vinha. Eu, que não comia há 6 horas e não tinha dormido na noite anterior, e depois de quase ter congelado viva, decidi que a solução era pedir boleia. A estranhos.
Tomei coragem. Pedi. Deram-nos boleia.
Lá fomos para casa e, espantem-se, apesar do trauma; jurei que voltava, mas a pagar!
Se aquilo foi uma manobra de publicidade ao palácio, comigo deu resultado. Atraíram-nos lá com a promessa de uma visita que se revelou impossível, mas estávamos perto o suficiente para ficamos maravilhados com tal monumento. Vou voltar, e dessa vez vou ser feliz.
Ontem foi tudo menos feliz.

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